segunda-feira, 6 de julho de 2009

A NOSSA MÚSICA | JOY DIVISION

Tal como imagens que nos marcam, paisagens que ficam na nossa memória, uma das bandas que marcou a minha vida foram sem dúvida os Joy Division.
Miguel Esteves Cardoso também é um fã incondicional deles, e tenho que admitir que tem toda a lógica do mundo, (esse sentimento de admiração e de culto) pois se nos apercebermos da música que hoje se faz, mais precisamente o rock dos nossos dias, reparamos que quem foram os pioneiros desse som, foram sem dúvida os Joy Division.
Comecei por gostar deles à volta de poucos anos atrás, influenciado pelo meu irmão Tiago, que ostensivamente rodava os álbuns deles, pois até ai só conhecia algumas músicas, como a "love will tear us apart" (passava sempre no batô, e ainda deve passar). Seus sons, suas letras, seus sentimentos imprimidos pela voz de Ian Curtis, como se de um mensageiro da nova geração aparecesse, onde um novo caminho era descoberto através da electrónica, o juntar de expriências conjugados na perfeição e crueldade de sua vida, a honestidade que todos imprimiam subjugados ao lado alternativo da músico, sem que sequer practicamente existisse na época.
Tudo isto pode ser visto no filme "Control" de Anton Corbijn, e sentido em cada música que ouçamos, quer seja na discoteca, num bar, em casa, num leitor de mp3 ou mesmo no computador, isso não interessa, esse sentimento está sempre presente, e eu senti-o já tantas vezes, não me saindo de minha lembrança a passagem dos New Order por Lisboa, no Super Bock Super Rock, onde tocaram músicas de Joy Division, como se de um tributo a um grande e querido amigo deles se tratasse, como se quisessem mostrar que os tempos não mudaram suas músicas, desde o momento do começo do concerto até ao seu fim, foi como se o mundo parasse para nos dizer que o futuro foi feito já no passado, mesmo que nos esqueçamos disso por vezes.
O futuro foi escrito por Ian Curtis, Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris, a preto e branco com lápis de néon.

texto: Manuel Magalhães / fotografia: Anton Corbijn

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