sábado, 8 de agosto de 2009

MÃO MORTA | AO VIVO EM SANTO TIRSO NO FESTIVAL MULTICULTURAL

Foi há dezasseis anos que tive o primeiro contacto com seu culto, e sempre os vi como tal, e quem realmente gosta e conhece seu trabalho e também os segue, sabe que cada concerto é um ritual a seu culto que se propaga cada vez mais.
Na sexta-feira, dia 7 de Agosto, assisti a mais um grande concerto dos Mão Morta, inseridos no Festival Multicultural de Santo Tirso, na sexta-feira, .
O teatro composto pelos mesmos, tiveram como principal actor, Luxúria Canibal, onde ele nos leva ao hipnotismo de seu poder e postura, e onde todos retratos de humor e horror são desenhados por suas expressões, deixando a entrega notável a cada um dos temas, que nos rasgam nossa alma de raiva e prazer.
Sua peça brindou-nos com valsas entre sangue, suor e lágrimas, transformou-se em inúmeras personagens de sofrimento e dor, tudo isto sem que precisasse de efeitos especiais, ecrãs gigantes, ou qualquer elemento utilizado por qualquer uma banda comtemporânea que sobrevive bastante disso, os Mão Morta têm a sua música como tudo para eles, para nós, e isso basta-nos para entendermos que às vezes as coisas mais simples são as melhores, e sempre o foram e daí que tenha ficado exorcizado ao som de sua música, das músicas que são deles e fazem parte da minha vida, sempre melhorando sempre os detalhes de cada música, como que de um pintor tratasse cada quadro como único, como obra de arte que têm que estar como ele exactamente a quer.
Eu quero assim os Mão Morta para sempre, sem efeitos especiais, dançando valsas sem fim num palco conduzido por Luxúria Canibal, homem de inúmeras personagens que têm como ligação entre si, o sangue derramado de sua poesia.

texto:Manuel Magalhães / foto: palco principal

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